quarta-feira, 16 de julho de 2008

David Lachapelle

David LaChappelle (Fairfield, Connecticut, 11 de março de 1969) é um fotografo estadunidense conhecido por suas imagens inusitadas, coloridas e irreverentes.

Análise temática

A temática de LaChapelle, além de única, é de tal forma peculiar que é facil reconhecer o seu trabalho em qualquer parte. No seu trabalho, o absurdo e o exagero de cores, formas, pessoas e situações é constante. LaChapelle cria um mundo estático onde tudo tem brilho e tudo o que compõe a imagem está a posar para e a servir a foto, desde os próprios modelos até um acessório aparentemente sem importância como uma cadeira ou a sebe de um jardim. Tudo, até ao mais ínfimo pormenor é pensado num enquadramento de David LaChapelle.

Praticamente todas as fotografias de Lachapelle contam como que uma história, visto que falam através de personagens que se encontram em situações muito peculiares. Todas essas personagens, têm algo de não-humano, como se fosse ascendência à perfeição através dos seus corpos incrivelmente brilhantes, poses e figuras perfeitamente esculpíveis, à semelhança das representações olímpicas da antiga grécia.

As imagens de LaChapelle estão carregadas de humor, ironia e surrealismo. Uma pessoa nua no meio de um campo verde, um glamoroso transplante facial, ou um catiçal de diamantes numa sala toda pintada de uma só cor berrante, são lugares-comuns no trabalho do norte-americano.

LaChapelle tem o invulgar hábito de colocar pessoas deslocadas no tempo e espaço, em situações opostas às do mundo real, ou no mínimo opostas às que nos habituamos a ver. Para isso coloca uma Naomi Campbell nua com um astronauta num vaivém espacial, uma Missy Elliot a tomar o pequeno almoço de luxuoso casaco de peles, duas bailarinas vestidas com um tutu cor-de-rosa numa velha casa destruída, ou Jesus Cristo a receber uma massagem nos pés. No entanto, apesar de só por si a temática ser extremamente sugestiva, o que torna as imagens poderosas é a pose, a compustura, o brilho, e o glamour que nem Jesus Cristo perde.

O sexo é também uma constante no trabalho de LaChapelle, mas não da forma explicitamente gratuita de Terry Richardson. LaChapelle implicita constantemente o sexo nas suas imagens, sem no entanto nunca o mostrar. Mesmo a nudez, sendo amiúde explícita, tem sempre um sentido estético extremamente apurado e uma razão de ser muito forte.

A temática de LaChapelle resume-se pois, a mostrar imagens inéditas ao nosso cérebro, imagens que, ainda que chegando a nós com referências de imagens anteriores, trazem uma frescura transportada pela habilidade de David LaChapelle de tornar a imperfeição de pessoas e objectos, perfeita.

Análise da composição da imagem

LaChapelle, é com toda a certeza um dos fotógrafos contemporâneos que mais trabalho dedica à fase da composição. Raramente as suas fotos são espontâneas, e quase sempre têm um elaborado trabalho de composição de cor e equilibrio dos vários elementos por detrás.

Por norma, as imagens de David LaChapelle, são extremamente preenchidas, e recheadas de todo o tipo de acessórios e adereços que sirvam a personagem que ele fotografa. Esses adereços nunca são deixados ao acaso, constituindo, por outro lado, um elemento fulcral para a narrativa da imagem.

As personagens das suas obras nunca se encontram muito longe da objectiva, estão sempre apenas longe suficiente para que todo o seu corpo possa comunicar com a imagem. LaChapelle, tem por isso uma predilecção por planos americanos e por planos gerais. Outra característica comum, é o uso regular da profundidade de campo, especialmente nas fotografias de exterior.

Nunca as personagens que integram as suas fotos se encontram numa pose amorfa, neutra, vertical. Ainda que estáticas, estas regularmente encontram-se abaixadas, dobradas, deitadas e muitas vezes com poses que se aseemelham às de um animal quadrípede.

A confusão inicial transmitida pelas imagens do fotógrafo americano, é após algum tempo substituida pela curiosidade de decifrar todos os elementos que compõe a sua escrita visual. LaChapelle é mestre em ordenar e limpar o caos que invade o seu trabalho.


Descobri Lachapelle e adorei muitas das fotografias dele que tem grande toque de surrealismo !

vou botar aqui uma das minhas fotos preferidas dele, que não é tão chamativa assim:

E uma mais chamativa:



Beijoos

especial pra ele

quinta-feira, 3 de julho de 2008

J-Rock

O QUE É VISUAL KEI ?


É de conhecimento geral que o Japão sempre foi muito conservador. Após a Segunda Guerra, o país adotou uma espécie de "sistema social" que consistia no sacrifício do indivíduo em benefício do coletivo, ou seja, a pessoa deveria fazer de tudo para o progresso da sociedade, o que inclui desistir de seus sonhos ou objetivos pessoais, caso fosse necessário.
O mito dos japoneses serem "todos iguais" vem daí. A rotina, os uniformes, as tradições e regras rígidas, tudo estava sufocando demais as pessoas, tornando-as realmente muito parecidas.
O movimento musical Visual Kei, também conhecido como "Visual Rock", veio para combater tudo isso. O estilo consiste em ter um cuidado especial com o visual, usando maquiagem, roupas incomuns e cabelos exóticos. No entanto, o cuidado com o visual não é mais importante do que o cuidado com o som.

A data de criação do VK é desconhecida, assim como seus criadores. O movimento foi amplamente divulgado durante os anos 80 por bandas como BUCK-TICK, com influências góticas, e X JAPAN que possuía grandes influências do Glam Rock, as bandas americanas de Hard Rock, e do Heavy Metal da década de 1980. Logo o movimento se espalhou e se diversificou, bandas como LUNA SEA e Kuroyume misturaram várias sonoridades (tais como gótico e/ou metal) e influenciaram diversas bandas dos anos 90. Surgiam bandas mais melódicas como BAISER e MALICE MIZER, servindo de grande referência para todo um segmento de Visual Kei, bem como uma leva de bandas mais Pop-Rock como L'Arc~en~Ciel. Sem contar bandas altamente alternativas e "anti-mídia" como Guruguru Eigakan. Assim, o VK ganhou inúmeras sonoridades diferentes.
Visual Kei não é o nome de um estilo musical em si, mas sim de um movimento musical que engloba vários estilos sonoros. Faz parte do movimento a banda que se expressar visualmente mais do que as bandas "comuns". A variedade musical é muito ampla.
As performances também se desenvolveram muito, podendo ir desde um simples show de rock como se costuma ver até um espetáculo com encenações teatrais e elementos simbólicos.
Importante ressaltar que NEM TODAS AS BANDAS JAPONESAS DE ROCK SÃO BANDAS VISUAIS. Ou seja, J-Rock não é igual a Visual Kei. O Visual Kei é apenas um pequeno segmento do rock japonês.
Existem duas teorias sobre a origem do termo "Visual Kei": a primeira é que HIDE, guitarrista do X JAPAN, usou esse termo pela primeira vez, para designar bandas visuais; a segunda é que um editor da famosa revista SHOXX o inventou. A verdade, não se sabe ao certo.


Visual Kei nos dias de hoje

O Visual Kei é um estilo predominantemente underground, apesar de algumas bandas ocuparem o status de mainstream.
A década de 1990 foi o grande "boom" do VK. Bandas pipocavam a toda hora e inundavam a mídia, nem sempre apresentando boa qualidade musical, ao tempo que surgiram cada vez mais bandas alternativas e menos comerciais. Esses são provavelmente os principais fatores que colaboraram para a que popularidade do VK diminuísse no Japão. No entanto, o Visual Kei já conquistou e continua a conquistar diversos fãs no Ocidente.
Nos últimos anos, o movimento se desenvolveu e tornou-se mais amplo, gerando sub-divisões, tais como Kotekote Kei, Elegant Gothic Lolita / Aristocrat, White Kei, Angura Kei, Eroguro Kei e Oshare Kei, cada uma com suas particularidades

Sub-divisões do Visual Kei

Abaixo estão relacionados termos que definem algumas sub-divisões do Visual Kei e estilos descendentes/semelhantes. Esses rótulos podem gerar polêmica com relação à sua exata definição.

Angura Kei
O termo vem de "underground kei". São bandas com alta influência da própria cultura japonesa, principalmente tradicional, e que costumam adotar visuais mais simples, geralmente com uma roupa típica japonesa, seja um quimono ou um uniforme escolar, e uma maquiagem preta e branca. O objetivo das bandas Angura Kei é criar algo o mais japonês possível, com o mínimo de influência estrangeira. Tem sua origem no movimento cultural dos anos 60, o "Angura".
Exemplos: Inugami Circus Dan, Guruguru Eikagan

Eroguro Kei
A palavra "eroguro" é a contração adaptada para o japonês do inglês "erotic and grotesque" (erótico e grotesco). O estilo é originado do movimento cultural "Eroguro Nonsense", surgido no Japão no início do século XX. Sua principal característica são letras de conteúdo relacionado com esse movimento. Não existe um padrão visual para o Eroguro Kei.
Exemplo:
caligari, Merry

Kotekote Kei
O estilo mais tradicional do Visual Kei. Bem andrógino, obscuro e, geralmente, com um som bem peculiar.
Exemplos: LUNA SEA, Due'le quartz

Oshare Kei
Estilo de bandas com visual mais colorido, de aspecto infantil. O som também pode ser mais leve e "feliz", mas não necessariamente, pois algumas bandas do estilo também criam músicas mais pesadas.
Exemplos: Charlotte, Vinett


White Kei
Bandas de visual e som mais leves.
Exemplos: Shelly Trip Realize, baroque


Importante ressaltar que uma banda não necessariamente se encaixa em apenas um dos estilos citados acima e que eles não são os únicos estilos do Visual Kei.

ATENÇÃO: "Elegant Gothic Lolita" e "Elegant Gothic Aristocrat" não são estilos de Visual Kei. São estilos de moda nos quais algumas bandas visuais buscam inspiração.


=D


beijão pro meu mozão

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Deixei de lado meu outro blog, pra começar com esse aqui, espero que gostem e que eu tenha mais coisas criativas para colocar aqui ;)

Pra começar um pedaço de um livro que eu gosto muito O livro da bruxa, não tem absolutamente nada a ver com bruxaria ! Não tem ensinamentos de como se tornar uma bruxa nem nada do tipo, só uns ensinamentos pra vida mesmo. ok ?

" O maior erro do ser humano é desejar coisas cada vez mais complexas e não perceber que os momentos felizes são feitos de ingredientes simples. Como olhar o mar, conversar com um amigo, fazer outra pessoa sorrir, ouvir o canto dos pássaros, assistir ao nascer e ao pôr-do-sol..."

Desejem as coisas, mas façam por onde merece-las. Não reclames se não recebestes alguma graça pedida, não era pra você recebe-la naquele momento, se mereceres irá recebe-la.


Beijo especial pra ele